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Se você acha que Javé, o “Deus” do Antigo Testamento, desceu dos céus com uma auréola brilhante e um plano divino, prepare-se para cair da nuvem. O Hexateuco – Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio e Josué – vende Javé como o chefão supremo do universo, mas a história real é bem menos glamorosa. Spoiler: Javé não é um ser cósmico mandando mensagens de amor eterno.
Ele é um deus tribal, nascido nas poeirentas colinas de Canaã, reciclado de mitos regionais e inflado pela propaganda de um povo que precisava de um mascote para suas guerras.
Vamos desenterrar as raízes desse “Senhor dos Exércitos” e mostrar como ele virou o popstar dos israelitas, enquanto rimos de quem ainda acha que ele dita regras em 2025.
Lembrando que não tenho o menor compromisso com a “verdade” e só falo que eu acho e descubro em fontes que julgo confiáveis, até que eu mude de ideia. Se encontrar algum erro peço que seja sinalize nesse ou em qualquer outro conteúdo desse portal na aba de “comentários”.
Javé, ou Jeová para os íntimos, não apareceu do nada com um trovão e um CV de criador do mundo. As evidências arqueológicas e textuais apontam que ele era um deus local, provavelmente ligado às tribos seminômades da região de Edom e Midiã, no sul do Levante, por volta do século XIII a.C.
Textos egípcios do período mencionam os “nômades de Yhw” em terras desérticas, sugerindo que Javé era o patrono de pastores beduínos antes de ser promovido a superstar israelita. Nada de harpas celestiais – o cara era basicamente o santo padroeiro de cabras e tendas.
Mas o pulo do gato veio com as inscrições de Kuntillet Ajrud e Khirbet el-Qom, do século VIII a.C., que mostram Javé como um deus cananeu, com cabeça de touro e com direito a uma esposa, a deusa Asherah. Isso mesmo: o “Deus único” do Antigo Testamento tinha uma parceira, uma divindade da fertilidade com quem dividia o palco.
Os israelitas, que eram cananeus antes de inventarem sua própria marca, pegaram Javé do panteão local, onde ele convivia com Baal, El e outros deuses de segunda, e começaram a turbiná-lo. Por quê? Porque todo mundo na região tinha um deus guerreiro para chamar de seu, e os israelitas queriam o mais bruto do bairro.
Se você acha que Javé é original, dá uma olhada nos concorrentes. O deus El, chefe do panteão cananeu, aparece em Gênesis como “El Shaddai” ou “El Elyon” (Gênesis 14:18), e muitos dos feitos de Javé – como criar o mundo ou mandar dilúvios – são plágios descarados dos mitos mesopotâmicos. O “Enuma Elish” babilônico, de séculos antes, já contava como Marduk derrotava o caos e organizava a terra, bem parecido com o show de mágica de Javé em Gênesis 1.
Até a história do dilúvio, onde Javé faz cosplay de justiceiro aquático, é uma cópia mal disfarçada do “Épico de Gilgamesh”, onde os deuses afogam a humanidade porque, sei lá, estavam de mau humor.
Os escribas israelitas, espertos que eram, reciclaram essas histórias durante o exílio babilônico (século VI a.C.), quando precisavam de um marketing pesado para unir o povo.
Pegaram Javé, um deus do interior, e o transformaram no “Deus único”, apagando a esposa e os colegas do panteão como se fossem erros de roteiro.
O resultado? Um super-herói divino que gritava “sou o maior!” enquanto mandava degolar cananeus e queimar cidades. É o tipo de rebrand que qualquer agência de publicidade invejaria.
No Hexateuco, Javé não é um avô bondoso. Ele é um chefão tribal com uma queda por carnificinas. Em Êxodo, mata três mil israelitas por causa de um bezerro de ouro (Êxodo 32:28) – porque, né, nada diz “amor eterno” como uma pilha de caveiras.
Em Josué, ordena a destruição de Jericó, Ai e outras cidades, com instruções claras: “nada que respira deve sobrar“ (Josué 6:21). Crianças, idosos, gado? Tudo vira churrasco. Isso não é santidade; é a política de terra arrasada de um povo que queria Canaã a qualquer custo, com Javé como garoto-propaganda.
Arqueologicamente, aliás, essas “conquistas” são mais ficção que fato. Escavações em Jericó e Ai mostram que essas cidades eram vilarejos meia-boca ou nem existiam na época suposta (século XIII a.C.).
“Então, por que o Hexateuco pinta Javé como um general genocida?”
Simples: era propaganda para um povo que, séculos depois, precisava justificar sua presença numa terra disputada/roubada. Javé não era um deus de verdade; era o mascote de uma campanha de “colonização”, se assim podemos dizer.
E aí vem o pior: tem gente que ainda engole esse Javé como se ele fosse o guru supremo do universo. Charlatães de terno de 10 mil citam o Antigo testamento para vender bênçãos ou amaldiçoar quem não paga o dízimo, como se um deus tribal de 3.000 anos atrás tivesse algo a dizer sobre escala 6×1, geopolítica ou aquecimento global.
Fanáticos pegam versículos de “passa a fio de espada” e acham que é receita para política moderna, enquanto ignorantes leem “Javé disse” e batem palmas, sem se perguntar por que um deus precisa de tanto sangue para se sentir respeitado. Sério, meus amigos, é 2025 – trocar o cérebro por malabarismo teológico é foda.
Essa fé cega é o verdadeiro absurdo. Tomar um deus cananeu reciclado, que começou como um protetor de beduínos e terminou como o Rambo do Antigo Testamento, como verdade literal é o tipo de burrice que faz a arqueologia chorar.
E quando pregadores espertalhões usam Javé para manipular multidões, ou extremistas o invocam para justificar ódio, eles só provam que o Antigo testamento é mais perigoso nas mãos de idiotas do que nas de escribas antigos.
Desmitificar Javé não é só uma questão de dar risada do passado. É entender que o Hexateuco não caiu do céu – foi escrito por humanos, para humanos, numa era em que queimar uma vila era só mais um dia no escritório.
Ver Javé como um constructo histórico, não como um oráculo, é o primeiro passo para parar de idolatrar textos que cheiram a sangue e cinzas. Nas próximas páginas, vamos dissecar cada narrativa, mostrando como esse “Deus” e suas histórias são menos sobre divindade e mais sobre a sede de poder de um povo. Spoiler: tem muita sujeira para desenterrar.
Referências: